Homer Simpson está de sandália de dedo, camisa Olodum e pulseirinha de crochê no braço. Marge usa um vestido afro e trocou a pintura azul no cabelo pelo preto graúna. Lisa fez dreadlocks no cabelo, assim como Maggie. Bart, também de sandálias, faz o estilo “mano”.
Todos estão morenaços, sentados no sofá assistindo à TV, na imagem icônica da abertura do seriado “Os Simpsons”, fenômeno de audiência mundial há 20 anos. Em cada ponta, há uma gigantesca caixa de som, e na parede, o quadro não é de um veleiro, como no original, mas uma cena de safári africana.
Estes são os Simpsons em versão angolana, modificados por uma agência de publicidade local para promover um canal de TV por assinatura. A brincadeira despretensiosa caiu na web e virou sucesso instantâneo.
Os Simpsons são sucesso mundial e isso não é diferente na África. Mas são poucos os que têm acesso à bizarra família norte-americana. Geralmente os desenhos passam na TV por assinatura, e a penetração desse meio no continente é mínima, com exceção da África do Sul.
Também não me lembro de algum episódio em que eles mencionam o continente, diferente do Brasil, Japão, Canadá e Inglaterra, que já tiveram a honra.
A peça de publicidade em que eles viram “black” é justamente para promover o serviço de TV para uma minúscula classe média em Angola, que se formou com o boom petrolífero. Já é um avanço, mas falta muito ainda.
Enquanto isso, Matt Groening, o criador da séria, experimenta o que é estar do outro lado da piada, ele que parodia tudo e ironiza sem limites. Os angolanos trucaram o criador da série, e só espero que os produtores entendam a brincadeira e não venham com idéias de processar por danos à imagem...
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